Eu sou
apenas um vento frio,
Sou aquele pote vazio,
Sou aquela chuva gelada
Que lhe açoita na estrada.
Eu sou a própria solidão,
Preso em meu próprio coração,
Quem passa não me vê
E quem me vê só quer me esquecer.
Sou aquela chuva gelada
Que lhe açoita na estrada.
Eu sou a própria solidão,
Preso em meu próprio coração,
Quem passa não me vê
E quem me vê só quer me esquecer.
Eu sou aquela ridícula canção
Que
ninguém quis cantar.
Sou restos de amor,
Sou a poeira da falecida
flor.
Eu sou
composto da própria máscara,
Meus dias
estão incertos,
Minha estatueta não tem
vida,
Meu corpo abita entre os
mortos.
Eu sou espírito cansado
Na porta do cemitério sentado,
Eu sou o mistério que lhe tira o sono,
Eu sou o mistério que lhe tira o sono,
Eu sou a figura, o reflexo do abandono.
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